Questões de Educação Física no ENEM 2018
Veja agora as questões de Educação Física no ENEM de 2018. As questões abaixo foram aplicadas no primeiro dia de provas, no dia 4 de novembro de 2018 na prova de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias, no caderno de provas amarelo. Para ter acesso a todas as provas de Educação Física em edições anteriores do ENEM, acesse aqui.
QUESTÃO 11 – PROVA AMARELA
Tanto os Jogos Olímpicos quanto os Paralímpicos são mais que uma corrida por recordes, medalhas e busca da excelência. Por trás deles está a filosofia do barão Pierre de Coubertin, fundador do Movimento Olímpico. Como educador, ele viu nos Jogos a oportunidade para que os povos desenvolvessem valores, que poderiam ser aplicados não somente ao esporte, mas à educação e à sociedade. Existem atualmente sete valores associados aos Jogos. Os valores olímpicos são: a amizade, a excelência e o respeito, enquanto os valores paralímpicos são: a determinação, a coragem, a igualdade e a inspiração.
MIRAGAYA, A. Valores para toda a vida.
Disponível em: www.esporteessencial.com.br.
Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).
No contexto das aulas de Educação Física escolar, os valores olímpicos e paralímpicos podem ser identificados quando o colega
a) a procura entender o próximo, assumindo atitudes positivas como simpatia, empatia, honestidade, compaixão, confiança e solidariedade, o que caracteriza o valor da igualdade.
b) faz com que todos possam ser iguais e receber o mesmo tratamento, assegurando imparcialidade, oportunidades e tratamentos iguais para todos, o que caracteriza o valor da amizade.
c) dá o melhor de si na vivência das diversas atividades relacionadas ao esporte ou aos jogos, participando e progredindo de acordo com seus objetivos, o que caracteriza o valor da coragem.
d) ο manifesta a habilidade de enfrentar a dor, o sofrimento, o medo, a incerteza e a intimidação nas atividades, agindo corretamente contra a vergonha, a desonra e o desânimo, o que caracteriza o valor da determinação.
e) inclui em suas ações o fair play (jogo limpo), a honestidade, o sentimento positivo de consideração por outra pessoa, o conhecimento dos seus limites, a valorização de sua própria saúde e o combate ao doping, o que caracteriza o valor do respeito.
GABARITO: LETRA E
QUESTÃO 16 – PROVA AMARELA
A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. [ … ] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, [ … ] algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade.
GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM
Pockets, 1995 (adaptado).
O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, especificamente no futebol,
a) fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma vivência mais lúdica e irreverente.
b) promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores.
c) incentivaram a associação dessa manifestação à fruição, favorecendo o improviso.
d) tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa.
e) contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de torcedores.
GABARITO: LETRA D
QUESTÃO 19 – PROVA AMARELA
Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo das práticas esportivas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminilidade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de se adequar às múltiplas dificuldades do “esporte-rei”.
TEIXEIRA, F. L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no futebol
feminino: uma revisão sistemática.
Movimento, Porto Alegre, n. 1, 2013 (adaptado).
No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracterizada por um
a) argumento biológico para justificar desigualdades históricas e sociais.
b) discurso midiático que atua historicamente na desconstrução do mito do sexo frágil.
c) apelo para a preservação do futebol como uma modalidade praticada apenas pelos homens.
d) olhar feminista que qualifica o futebol como uma atividade masculinizante para as mulheres.
e) receio de que sua inserção subverta o “esporte-rei” ao demonstrarem suas capacidades de jogo.
GABARITO: LETRA: A
QUESTÃO 22 – PROVA AMARELA
TEXTO II
Imaginemos um cidadão, residente na periferia de um grande centro urbano, que diariamente acorda às 5h para trabalhar, enfrenta em média 2 horas de transporte público, em geral lotado, para chegar às 8h ao trabalho. Termina o expediente às 17h e chega em casa às 19h para, aí sim, cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos etc. Como dizer a essa pessoa que ela deve praticar exercícios, pois é importante para sua saúde? Como ela irá entender a mensagem da importância do exercício físico? A probabilidade de essa pessoa praticar exercícios regularmente é significativamente menor que a de pessoas da classe média/alta que vivem outra realidade. Nesse caso, a abordagem individual do problema tende a fazer com que a pessoa se sinta impotente em não conseguir praticar exercícios e, consequentemente, culpada pelo fato de ser ou estar sedentária.
FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar:
ampliando o enfoque. RBCE, n. 2, jan. 2001 (adaptado).
O segundo texto, que propõe uma reflexão sobre o primeiro acerca do impacto de mudanças no estilo de vida na saúde, apresenta uma visão
a) medicalizada, que relaciona a prática de exercícios físicos por qualquer indivíduo à promoção da saúde.
b) ampliada, que considera aspectos sociais intervenientes na prática de exercícios no cotidiano.
c) crítica, que associa a interferência das tarefas da casa ao sedentarismo do indivíduo.
d) focalizada, que atribui ao indivíduo a responsabilidade pela prevenção de doenças.
e) geracional, que preconiza a representação do culto à jovialidade.
GABARITO: LETRA B
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Muito boa a contribuição.
Obrigado!
estou feliz pela as resposta .gratis