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Ginástica Geral na Escola

Ginástica Geral na Escola
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Guia de Ginástica Geral na Escola

Guia completo de Ginástica Geral na escola. Conheça os conceitos, objetivos, característica e exemplos de atividades de ginástica geral na escola.

O que é Ginástica Geral?

A Ginástica Geral é a ginástica para todos, a ginástica não competitiva, voltada para o lazer, visando o prazer pela prática, estimulando a criatividade e a liberdade de expressão corporal. A Ginástica geral tem relação com o componente lúdico da cultura corporal.

A Ginástica Geral é a única ginástica não competitiva que tem um comitê na FIG (Federação Internacional de Ginástica).

A FIG promove o evento chamado de “Gymnaestrada Mundial”, que consiste no mais importante festival internacional da modalidade, o qual reúne vários países, de quatro em quatro anos, para realizarem apresentações, trocar informações sobre os trabalhos de cada um e discutir a “Ginástica Geral” como importante elemento de aprimoramento humano. Grupos de todas as idades e condições físicas mostram, em forma de coreografia, a sua forma de praticar a Ginástica Geral.

O ideal da Gymnaestrada sintetiza-se na seguinte frase: “Os vencedores na Gymnaestrada são os participantes”

Características da Ginástica Geral

São características da Ginástica Geral:

  • Ludicidade;
  • Lazer;
  • Diversidade;
  • Criatividade;
  • Liberdade de expressão;
  • Interação social;
  • Coletividade com respeito a individualidade;
  • Utilização opcional de aparelhos;
  • Possibilidade de utilização de materiais alternativos;
  • Compartilhamento de aprendizagem;
  • Não competitividade.

“Essa é uma modalidade bastante abrangente que, fundamentada nas atividades ginásticas como (Gin. Artística, Gin. Rítmica, Gin. Acrobática, Gin. Aeróbica e Gin. de Trampolim), valendo-se também de vários tipos de manifestações, tais como: danças, expressões folclóricas e jogos, expressos através de atividades livres e criativas, objetiva promover o lazer saudável, proporcionando bem estar físico, psíquico e social aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, respeitando as individualidades, em busca da auto-superação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para a sua pratica, seja quando às possibilidades de execução, sexo ou idade, ou ainda quanto à utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos, havendo a preocupação de apresentar neste contexto, aspectos da cultura nacional, sempre sem fins competitivos.”

Objetivos da Ginástica Geral

O objetivo da Ginástica Geral é promover o lazer saudável, proporcionando bem estar físico, psíquico e social aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, porém, respeitando as individualidades, em busca da autossuperação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para a sua prática, seja quanto às possibilidades de execução, sexo ou idade, ou ainda quanto à utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos, sempre sem fins competitivos.

Dentre os principais objetivos da Ginástica Geral na escola, podemos citar os seguintes:

  • Oportunizar a participação do maior número de pessoas em atividade físicas de lazer fundamentadas nas atividade gímnicas;
  • Integrar varias possibilidade de manifestações corporais às atividades gímnicas;
  • Oportunizar a autossuperação sociocultural entre os participantes ativos ou não;
  • Manter e desenvolver o bem estar físico e psíquico pessoal;
  • Promover uma melhor compreensão entre os indivíduos e os povos em geral;
  • Oportunizar a valorização do trabalho coletivo, sem deixar de valorizar a individualidade neste contexto;
  • Realizar eventos que proporcionem experiências de beleza estética a partir dos movimentos apresentados tanto aos participantes ativos quanto aos espectadores;
  • Desenvolver a cultura através das manifestações folclóricas;
  • Mostrar nos eventos as tendências da ginástica.

Origem da Ginástica Geral

Segundo Ayoub (2003) a origem da Ginástica Geral – denominada anteriormente como Ginástica Geral (GG) – está relacionada com a trajetória da Federação Internacional de Ginástica (FIG), a qual “é a mais antiga dentre todas as associações esportivas internacionais e foi desenvolvida em uma base democrática “.

A sua origem foi em 1881 com a denominação de Federação Européia de Ginástica , após a filiação dos EUA em 1921, passou a ser denominada de FIG. A frente da presidência o belga Nicolas J. Cuperus, “demonstrava mais interesse pelos festivais de ginástica do que pelas competições”. Tal interesse foi de fundamental importância para que em 1953, realizasse o Festival Internacional de Ginástica inspirada nas “Lingiádas” que acontecia na Suécia. Este festival teve o nome de “Gymnaestrada” (atualmente “World Gymnaestrada”). Após este festival “vários representantes de diferentes países da faixa central da Europa , que tem muita tradição no campo de Ginástica, começaram a pressionar mais intensamente a FIG, a fim de que essa instituição voltasse a olhar com mais dedicação para a ginástica fora do âmbito competitivo” (Ayoub, 2003, p.44).

Em consequência desta pressão em 1979 foi criado um Comissão de Trabalho de Ginástica Geral e , cinco anos mais tarde , foi oficializado o Comitê Técnico de GG- atualmente chamada de Ginástica Geral – da FIG com a finalidade de um modalidade não competitiva. Uma das missões do Comitê Técnico da Ginástica Geral tem sido a divulgação desta modalidade nos outros continentes.

Tal trabalho está sendo realizado por meio de cursos, publicações e especialmente , por meio da Gymanaestrada Mundial, o evento oficial mais tradicional da FIG área da Ginástica Geral. (AYOUB, 2003, p.45) Neste evento as manifestações apresentadas são relacionadas com a esfera da ginástica orientada para lazer e engloba programas de atividades no campo da ginástica ( com e sem aparelhos), dança e jogos, conforme as preferências nacionais e culturais. (FIG APUD AYOUB,2003, p.46).

Exemplos de Atividades de Ginástica Geral

Alguns exemplos ou exercícios de ginástica Geral são:

  • saltos;
  • estrelas;
  • rondadas;
  • piruetas;
  • rolamentos;
  • paradas de mão;
  • pontes;
  • formações;
  • pirâmides humanas;
  • malabares;
  • tecidos;
  • acrobacias;
  • contorcionismo;
  • equilibrismo.

Benefícios da Ginástica Geral

Os benefícios da Ginástica Geral são:

  • melhora a saúde;
  • melhora a condição física;
  • melhora a integração social;
  • despertando o interesse pessoal para a atividade física;
  • promovendo o bem estar físico e psicológico;
  • promove oportunidade de expressão;
  • estimula a criatividade.

Onde Praticar Ginástica Geral na escola?

A Ginástica Geral pode ser praticada em locais que tenham um espaço mínimo para realização dos movimentos, porém, devido ao risco de queda ou de movimentos que podem levar a lesões, é necessário um cuidado com a segurança, como a colocação de colchões ou tatames e o acompanhamento de um profissional de Educação Física.

Ginástica Geral na BNCC da Educação Física

De acordo com a Base nacional Comum Curricular (BNCC), a Ginástica Geral faz parte das práticas corporais de Ginástica (unidade temática ginástica), assim como a Ginástica de Conscientização Corporal e a Ginástica de Condicionamento Físico.

Ginástica Geral na Escola: no 1º ao 2º ano do Ensino Fundamental (BNCC)

Objeto de Ensino

  • Ginástica Geral

Habilidades de Ginástica no 1º ao 2º ano Ensino Fundamental:

  • Experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos da ginástica (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais) e da ginástica geral, de forma individual e em pequenos grupos, adotando procedimentos de segurança.
  • Planejar e utilizar estratégias para a execução de diferentes elementos básicos da ginástica e da ginástica geral.
  • Participar da ginástica geral, identificando as potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
  • Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e audiovisual), as características dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral, identificando a presença desses elementos em distintas práticas corporais.

Ginástica Geral na Escola no 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental (BNCC)

Objeto de Ensino

  • Ginástica Geral (geral)

Habilidades de Ginástica no 3º ao 5º ano Ensino Fundamental:

  • Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes elementos da ginástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais), propondo coreografias com diferentes temas do cotidiano.
  • Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios na execução de elementos básicos de apresentações coletivas de ginástica geral, reconhecendo as potencialidades e os limites do corpo e adotando procedimentos de segurança.

Ginástica Geral na Escola: do 6º ao 9º e no Ensino Médio

Do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio a Ginástica Geral tem como objetivo consolidar e ampliar as aprendizagens da ginástica Geral tematizadas no primeiro seguimento do ensino fundamental.

Planos de Aulas de Ginástica Geral

Veja abaixo algumas dicas de planos de aula de Ginástica Geral para a Educação Física escolar.

Dimensões do conhecimento trabalhadas: conceitos, procedimentais e atitudinais.

1. Iniciar a aula com um aquecimento utilizando movimentos de equilíbrio; pedir para os alunos se equilibrarem em dois apoios, excetuando a posição convencional de dois pés. Em seguida, três apoios, um apoio, etc. A partir da quantidade de apoios solicitada pelo professor o aluno pode criar diferentes formas de se equilibrar.

2. Desenvolver atividades explorando os equilíbrios ginásticos. Pedir aos alunos que fiquem em posições de equilíbrio comuns, como: avião, vela, parada de mãos, entre outros. Para alguns equilíbrios mais complexos, pode-se abrir mão do auxílio do colega.

3. Com a utilização de colchonetes suspensos por bancos, propor exercícios de rolamento para frente (com as pernas flexionadas, com as pernas afastadas, com as pernas unidas e estendidas, passando por dentro de um arco), rolamento para trás, roda e parada de mão. O professor deve fazer as intervenções necessárias para facilitar a realização dos movimentos, com total segurança para os alunos.

4. Com a utilização de um banco, propor aos alunos que realizem saltos sobre o banco (transpondo-o), dando atenção especial para a postura e finalização. Na sequência dessa atividade, o professor deve desafiar os alunos a fazerem alguns saltos próprios da ginástica: grupado, com as pernas afastadas lateralmente, tesoura, com as pernas afastadas para frente e para trás, entre outros.

5. O professor pode, ainda, trabalhar elementos gímnicos como giros, ondas, saltitos, poses, etc., com o intuito de oferecer condições para os alunos explorarem suas possibilidades por meio dos movimentos ginásticos mais básicos. Essa atividade pode ser realizada a partir da brincadeira do “Siga o Mestre”, em que os alunos devem utilizar os elementos ginásticos vistos até aqui, ou outros, de acordo com a criatividade de cada um, tudo de uma forma lúdica.

6. Propor aos alunos a realização de combinações dos exercícios já realizados. Alguns exemplos podem ser:

  • uma corrida, um salto e uma pose;
  • corrida, giro, salto e pose;
  • corrida, salto, rolamento e pose;
  • saltito, salto, equilíbrio e pose.

7. Reunir os alunos para um feedback sobre o trabalhado até o momento. Como tarefa para a próxima aula, todos devem pesquisar sobre Ginástica Geral ou Ginástica Geral e trazer um conceito particular, que se formará após a pesquisa. Após o trabalho de pesquisa, cada aluno deve apresentar, oralmente, o seu conceito pesquisado sobre a Ginástica Geral aos demais colegas. O professor pode conduzir as discussões sobre o assunto.

8. Desafiar os alunos, individualmente, a montarem uma série de ginástica, contando com três exercícios diferentes. Seguidamente, formar duplas e propor que unam suas séries já montadas anteriormente. Depois, juntar trios e seguir o mesmo procedimento. Cada trio deve demonstrar suas séries para a turma.

9. Promover uma conversa com os alunos, pedindo sugestões de materiais que poderiam ser usados para a montagem de séries de Ginástica Geral. Dar o exemplo de guarda-chuvas coloridos, que podem transformar uma apresentação em algo muito atrativo.

10. Formar três ou quatro grupos com a turma, sendo que cada grupo escolhe um material (diferente dos convencionais da ginástica) para ser usado (o professor pode fazer um sorteio para ser mais democrático). O próximo passo será a escolha da música a ser usada. Auxiliar os alunos na montagem de uma apresentação de Ginástica Geral, em que os grupos participarão juntos, cada qual com o seu material. A série deve ser montada alternando a execução de cada grupo, dentro de uma mesma coreografia. Depois de pronta a coreografia, o professor pode marcar uma data para apresentá-la a toda a escola.

Orientações para as Atividades de Ginástica Geral

  • Para a escolha da música, o professor deve orientar para que não seja uma música “da moda”, pois além de não ser apropriada para o ambiente escolar, a música deve transcender os modismos da indústria cultural, valorizando produções artísticas mais ricas. A emoção de uma apresentação de ginástica geral é sentida não só pelos “olhos”, mas também pelos “ouvidos”, podemos entender a importância que a música representa para uma coreografia. Por esses motivos, é necessário se tomar muito cuidado na hora dessa definição.
  • Com relação ao vestuário, por se tratar de uma escola, onde o objetivo maior é a participação de todos, pode-se usar o próprio uniforme, realizando apenas algumas modificações no mesmo. Ou, ainda, estabelecer uma roupa fácil para todos, como calça e blusa preta, por exemplo. Essa escolha facilita a vida do professor e dos pais, além de diminuir os empecilhos para a participação de todos.
  • Algumas sugestões de formação podem ser trabalhadas com as crianças. Veja algumas dicas para facilitar o trabalho com a coreografia:

Formação para atividade de ginástica geral na escola

Plano de Aula 02: Ginástica Geral

Roda inicial

Na quadra, sente-se em roda com os estudantes. Explique que a temática abordada nas próximas aulas será a ginástica geral, mais especificamente a Ginástica Geral. Visando mapear os conhecimentos prévios dos estudantes, pergunte:

  • O que vocês conhecem acerca da história da ginástica?
  • Vocês sabem explicar como o movimento humano evoluiu junto com a espécie?
  • Alguém conhece o conceito da Ginástica Geral?
  • Com base nas respostas dos estudantes, certifique-se de aprofundar os conceitos e contextualizar a construção do conhecimento. Em seguida, apresente aos estudantes o conceito da Ginástica Geral.

A Ginástica Geral é um programa sociocultural desenvolvido pela Federação Internacional de Ginástica (FIG)3 e, atualmente, adotado e praticado em diversos países do mundo. Por meio de atividades ginásticas, como a ginástica artística, a ginástica rítmica, a ginástica acrobática, a ginástica aeróbica e a ginástica de trampolim, e também de várias manifestações como danças, expressões folclóricas e jogos, tem por objetivo se adequar a todos os gêneros, faixas etárias, habilidades e formações culturais e contribuir para a saúde pessoal, o condicionamento e bem-estar físico, social, intelectual e psicológico. Ao utilizar materiais, músicas e coreografias, tem sempre a preocupação de apresentar, nesse contexto, aspectos da cultura nacional em eventos não competitivos. A Ginástica Geral propicia experiências estéticas em movimento para participantes e espectadores, uma vez que a integração e a interação são pressupostos da modalidade.

Após apresentar o conceito da Ginástica Geral aos estudantes, proponha algumas reflexões que os auxiliem a analisar criticamente os objetivos pretendidos por essa manifestação sociocultural.

  1. Quais são os objetivos gerais da Ginástica Geral?
  2. Quais são os pressupostos ideológicos da Ginástica Geral?
  3. De que forma conseguimos garantir o movimento corporal para todos?

Espera-se que, com a discussão da temática, os estudantes valorizem a Ginástica Geral como um fenômeno sociocultural e compreendam as ideologias pautadas em princípios e valores de igualdade e equidade.

Desenvolvimento da Atividade

A ginástica acrobática é uma das modalidades propostas pela FIG e pertencente à ginástica geral. Nessa prática, destacam-se elementos técnicos, figuras e formas por meio de composições estáticas ou movimentos dinâmicos, com destaque para a interação entre os ginastas.

Na formação dos grupos da modalidade, os ginastas têm diferentes funções, denominadas bases, intermédios e volantes. Os intermédios são responsáveis por conectar os bases aos volantes. Os bases, em geral, são as pessoas mais fortes e têm a função de sustentar e apoiar os intermédios e também o volante. O volante é, geralmente, o indivíduo com uma estrutura mais baixa e mais leve para poder facilitar o trabalho do grupo.

A responsabilidade, o respeito, a confiança e a autonomia são valores desenvolvidos com base na prática da ginástica acrobática e são capazes de fortalecer a empatia e os laços de amizade entre os estudantes da turma. Sugira aos estudantes que vivenciem algumas figuras e formas estáticas básicas da ginástica acrobática. A proposta a seguir pode ser realizada em qualquer espaço que garanta a segurança dos estudantes. Para tanto, utilize colchões e colchonetes no ambiente de prática.

Figuras Singulares

Proponha aos alunos que realizem algumas posturas singulares, importantes para o processo de formação em equipes. Enalteça a necessidade da sinergia nas ações musculares para que a postura seja equilibrada e harmoniosa. Para isso, escolha algumas das figuras apresentadas a seguir.

Ginástica para todos: figuras singulares

Proponha a execução de alguns exercícios que podem contribuir para o fortalecimento do vínculo e da confiança entre os estudantes, além de relembrar os conhecimentos acerca das articulações e dos músculos do corpo humano.

Inicie a prática mostrando os diferentes tipos de pegada, essenciais para a segurança dos praticantes na formação das figuras. Para isso, percorra desde a pegada simples, a pegada de dedos, a pegada de punhos a pega dos braços.

Ginástica geral pegadas

 

Figuras em Dupla

Na sequência, após o aprendizado das pegadas, desenvolva os exercícios de contrapeso. Os jovens devem trabalhar em duplas e reproduzir figuras equilibradas, como as propostas a seguir. É importante que, nesse momento, eles percebam como a ação consciente do par faz com que o movimento fique mais fácil.

Ginástica geral posições de dupla com pegada

 

Com prática, segurança e criatividade, você poderá, junto aos estudantes, construir outros exercícios de contrapeso. Na sequência, sugira que experimentem algumas figuras em duplas, antes de se organizarem em trios. Para isso, você pode utilizar as figuras abaixo como norteadoras da prática.

Ginástica para todos (geral) posições de dupla

 

Figuras em trios

Na segunda aula, você pode apresentar as imagens a seguir de forma progressiva e dar tempo para que os estudantes consigam executá-las. Para tanto, instrua-os a formar quartetos, nos quais um dos integrantes será responsável por dar suporte e garantir a segurança dos colegas durante as execuções. Você também pode utilizar músicas para que a vivência seja ainda mais agradável.

Ginástica geral formações de trio

Ressalte as questões de segurança e certifique-se de que os estudantes reconheçam e executem as posturas e os apoios corretos para a realização das figuras:

  • o apoio deve ser realizado no cóccix e não na coluna lombar;
  • o apoio deve ser realizado nos ombros e não nas escápulas;
  • o apoio deve ser feito nas coxas e não nos joelhos.

Roda final

Por fim, sente-se em roda, novamente, com os estudantes. Para nortear a discussão final, proponha algumas questões reflexivas que permitam transcender a experimentação da ginástica acrobática.

  1. Como a ginástica pode fazer parte do seu projeto de vida?
  2. Quais são os valores e atitudes que podemos desenvolver com a elaboração das figuras na ginástica acrobática?
  3. Quais são as barreiras que devemos ultrapassar para que o movimento seja possível para todos?

Você pode ampliar as reflexões e os conhecimentos abordados da maneira que considerar mais adequada, no entanto é esperado que os jovens, ao final dessas práticas, estabeleçam relações construtivas, empáticas, éticas, respeitando as diferenças e as limitações individuais. Além disso, pretende-se que eles reconheçam a Ginástica Geral como fonte de saúde e de entretenimento.

Construção de materiais para aulas de Ginástica Geral na Escola

Balangandã

1- Dobre uma folha dupla de jornal ou papel crepom ao meio no sentido do comprimento, dobre novamente, e novamente (3 vezes).
2- Cole com fita crepe 4 tiras compridas de papel crepom, uma de cada cor, de preferência.
3- Dobre mais uma vez, formando uma tira de jornal. (prendendo as tiras de crepom).
4- Enrole a tira, como um rocambole
5- Amarre com barbante o rolinho que se formou, dê dois nós firmes. Corte o excesso de um lado e deixe o barbante sobrando de outro, para que o aluno possa segurar.

Arco

Sua confecção pode ser feita a partir de conduítes (canos de PVC) de 80 a 90 cm de diâmetro, unindo suas pontas com uma fita adesiva, como também substituído pelo bambolê, material barato e que muitas escolas possuem.

Bola: geralmente as escolas também contam este material que não tem um preço muito alto, mesmo porque a bola de GR pode ser substituída por uma bola de plástico com a qual os alunos geralmente têm contato nas brincadeiras extraescolares. Entretanto, há algumas soluções para a confecção de bolas, como as bolas de meia preenchidas por folhas de jornal (várias camadas) com seu acabamento (parte exterior) feito por bexigas. Outra opção é encher uma bexiga com areia ou painço, envolvê-la com jornal com forro de fita crepe ou fita adesiva larga. Nesse caso, é preciso ter cuidado com o peso da bola que variará de acordo com a quantidade de areia ou painço. Recomendamos que não exceda os 400 gramas (que é o peso de uma bola oficial de GR).

Corda

Outro aparelho também muito encontrado nas escolas e no cotidiano dos alunos é a corda. Para sua adaptação, sugerimos as cordas feitas de folhas de jornal enrolado e torcido, envolvidas com fita adesiva larga. Outras opções são o feitio de tranças de barbante grosso, de elástico ou de tecidos velhos, como lençóis e toalhas cortados em tiras.

Fita

Já este aparelho é raro de ser encontrado nas escolas. Nas experiências que vimos desenvolvendo, é um dos que mais desperta a curiosidade dos alunos e dos que eles mais gostam de manipular. Ele é composto de uma parte rígida, comprida e cilíndrica, de uns 35 cm, que chamamos de estilete. Sua outra parte é flexível, de tecido (cetim, seda, etc.) de aproximadamente 7 cm de largura com 5 ou 6m de comprimento, nas medidas oficiais. Porém, para o público infantil, recomendamos que o comprimento do tecido tenha em torno de 3 a 5m dependendo da estatura da criança. A interligação entre o estilete e o tecido é feita por uma peça pequena, denominada girador, e também um pequenino gancho. A adaptação desse aparelho pode ser feita da seguinte forma: para substituir o estilete, podemos usar um cabinho do mata-moscas (sem a parte de borracha), uma canaleta de pasta escolar, um pedaço de bambu fino e cortado no tamanho do estilete ou mesmo a parte de madeira reta do cabide – tanto na alternativa do pedaço de bambu como na do cabide, recomendamos que a madeira tenha sido lixada, dando um acabamento arredondado ao “estilete”. O girador pode ser feito com um pequeno parafuso com a ponta em círculo (nas lojas de material de construção encontramos este item) ou um pedaço de arame fino, em conjunto com uma peça que é utilizada para pesca, denominada snap com girador. Já o tecido da fita pode ser feito de tiras de pano velho como lençóis ou toalhas de mesa, TNT, papel crepom ou jornal (porém os papéis têm uma durabilidade menor).

Maças

Este também é um aparelho incomum nas escolas, porém também desperta a curiosidade dos alunos. As maças são utilizadas sempre em pares e podem ser feitas de madeira, borracha ou microfibra. Elas se assemelham ao malabares, e cada uma delas é composta pela cabeça (que parece uma bolinha), pescoço (parte alongada e cilíndrica) e corpo, que é a parte cilíndrica, porém mais larga que o pescoço. Ela pode ser adaptada por garrafas pets de 600 ml com água ou outros materiais, como pedrinhas ou grãos, variando o peso de acordo com a idade e habilidade das crianças.

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Fontes:

  • TOLEDO, Eliana. Fundamentos da ginástica rítmica. In: NUNOMURA, M; TSUKAMOTO, M.H. C. Fundamentos das ginásticas. Jundiaí: Fontoura, 2009. p.143-172.
  • http://mariaterezamarcal.blogspot.com.br/2011/03/como-fazer-um-balanganda.html acessado em: 06/05/2012
  • Livro Didático Público do Paraná/Educação Física 2ª Ed (O circo como componente da ginástica, pg 95 e 96).
  • Confederação Brasileira de Ginástica.
  • Escola de Educação Física e Desportos – UFRJ.

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